URBANISMO 2
SÃO PAULO
AVENIDA PAULISTA (1891)
Criada
no final do século XIX expandindo a cidade para novas áreas que não estivessem
localizadas próximas às mais movimentadas centralidades do período, por essa
época altamente valorizadas e totalmente ocupadas, tais como a Praça da
República, o bairro de Higienópolis e os Campos Elísios. Inaugurada no dia 8 de
dezembro de 1891, com projeto do engenheiro Joaquim Eugênio de Lima e
do agrimensor Tarquínio Tarant, na administração do Dr. Clementino de Souza e Castro (Presidente
do conselho de intendências da cidade de São Paulo, atual cargo de prefeito). Logo
tornou-se o endereço preferencial da elite paulista, que nela construiu os seus
palacetes em estilo eclético agora no contexto de uma nova habitabilidade que
exigia uma compartimentação em cômodos com maior especialidade (boudoir, fumoir
etc.) assim como novas instalações sanitárias e de abastecimento de água e de
energia, e uma nova espacialidade urbana que se dava com a implantação da
residência no meio do terreno, aproveitando a área non aedificandi do mesmo para jardins, garagem, lavanderia etc. A
avenida tinha “cerca de três quilômetros
de comprimento e doze metros de largura e era dividida em: uma parte para
bondes, a do centro para carruagens e a outra para cavaleiros (...) O piso carroçável era coberto por
pedregulhos brancos. Foi inaugurada, juntamente com a linha de bondes em 1891.
O bonde elétrico chegou nove anos depois, em 1892. Em 1898 procedeu-se a uma
reforma, com novo calçamento, derrubada de quatro fileiras de árvores e
alargamento dos passeios, que foram arborizados” (Wikipedia.pt). Era de inicio basicamente residencial, mas tinha numa das extremidades um cemitério e contava também com escolas públicas. As casas não eram sempre de elite, havia as de classe média e mesmo situações de casas construídas num grande lote com propósito rentista.
VICTOR DUBUGRAS (Sarthe, França, 1868 - Teresópolis,
1933)
Dubugras é considerado por muitos um dos precursores
da arquitetura moderna na América Latina, onde alcançou prestígio por projetar
grandes obras. Além disso, o arquiteto foi reconhecido por lecionar no curso de
arquitetura da Escola Politécnica de São Paulo – POLI e por participar da
Sociedade dos Arquitetos e do Instituto de Engenharia. Dubugras teve
contato próximo e trabalhou com pessoas importantes da época, como o então
prefeito e futuro presidente do Brasil, Washington Luís, para quem prestou
serviços até meados de 1927. Seu estilo transitou pelos gêneros ecletismo, art-nouveau,
neocolonial e proto-modernismo.
URBANIZAÇÃO DO VALE DO ANHANGABAÚ (1910).
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